segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ficha de Trabalho: Estudo de Texto: As Características mais marcantes da Globalização:

Cidades Globais;
Blocos econômicos
As Multinacionais:

Cidades Global:
Uma característica importante do atual processo de globalização da economia mundial é a constituição de uma rede de cidades globais ou mundiais. Essas cidades são responsáveis por grande parte dos fluxos de mercadorias, pessoas, informações e capitais em âmbito mundial. Elas formam o principal elo do país com o exterior, em razão da sua força econômica, concentrada principalmente no setor de serviços, e da infra-estrutura diversificada e modernizada especialmente nas telecomunicações (equipamentos de telemática) e de transporte (portos, aeroportos).
As cidades globais concentram as principais bolsas de valores do sistema financeiro internacional, as sedes de grandes empresas ou escritórios de filiais de multinacionais, as sedes de grupos financeiros, além dos principais centros universitários e de pesquisas do planeta. Essas cidades se diferenciam das demais metrópoles justamente porque estabelecem a conexão do território do país com as finanças e a economia mundiais, por meio de complexas redes de transporte e telecomunicações que para elas convergem, possibilitando o enorme volume de fluxos de informações, capitais, mercadorias e pessoas.

Principalmente a partir dos anos 1970/1980, as cidades globais vêm conhecendo um processo de relativo esvaziamento industrial, especialmente das atividades industriais mais tradicionais – alimentícia, têxtil, metalúrgica, mecânica, petroquímica. Nas cidades mundiais, o setor secundário passou a concentrar, sobretudo indústrias de tecnologia avançada – telecomunicações, informática, biotecnologia, microeletrônica.

Nessa rede de cidades mundiais ou globais, o papel que cada metrópole ocupa varia de acordo com o volume de fluxos que envolve o nível de concentração de sedes de grandes empresas de serviços, industriais, comerciais e financeiras. Desses fatores depende a capacidade de influência dessas metrópoles em nível planetário.


Os blocos econômicos regionais:

Outra tendência importante verificada na atual fase da gloablização da economia (atual fase do capitalismo) e que vem se desenvolvendo desde o final da Segunda Guerra Mundial é a formação dos blocos econômicos regionais.
A regionalização é a caracterizada pela formação de associações (blocos econômicos) que têm por objetivo a integração comercial e/ou econômica entre os países. Essas associações, em geral, estabelecem uma diminuição dos impostos de importação cobrados pelos países integrantes do bloco, válida apenas para a comercialização de mercadorias entre os países-membros.
Assim, os blocos econômicos são associações de países que se unem com o objetivo de ampliar as trocas comerciais entre si e com outros mercados. São regidos por tratados econômicos entre os países-membros e podem ter características diferentes.
São exemplos de blocos econômicos regionais: A União Européia, o Mercosul, o Nafta, a Alça, que possuem estágios de integração diferentes. Vejamos agora suas principais características:

Características dos blocos econômicos:

Zona de livre-comércio: estabelece o livre-comércio de mercadorias e investimentos entre países-membros e a gradual eliminação das taxas de importação e tarifa alfandegárias. Limita-se ao âmbito comercial.

União aduaneira: o objetivo desse tipo de associação é criar uma zona de livre-comércio com adoção de uma tarifa externa e uma política comercial comum aos países-membros, para comércio com outros países;

Mercado comum: além da livre circulação de mercadorias, serviços, mão-de-obra e capitais, o mercado comum abrange as leis industriais, financeiras, ambientais e educacionais. Objetiva a uniformização das políticas econômicas e monetárias, com vistas a integrar a produção dos membros e criar um mercado regional competitivo.


Empresas transnacionais: multinacionalização e internacionalização da produção:

A multinacionalização das empresas e a internacionalização da produção são processos que se complementa, dizem respeito ao atual processo da globalização da economia (atual fase do capitalismo) e acontecem concomitantemente.
Isto é, as multinacionais ao se expandirem por todo o globo, também internacionalizaram a produção através de suas unidades produtivas. Esse processo se ampliou e elas expandiram não só a produção e o comércio, como também a captação de recursos. Assim, o capital investido pelos grupos empresariais origina-se de diferentes países, configurando as empresas transnacionais.
A instalação dessas impressas ocorreu em um número considerável de países subdesenvolvidos, especialmente naqueles que apresentavam um relativo desenvolvimento econômico, um significativo mercado de consumidores e infra-estrutura necessária para a instalação das fabricas e circulação das mercadorias. É o caso da Turquia, Polônia, Brasil, Índia, México, Tailândia, Taiwan, China entre outros.
Desse modo, os países subdesenvolvidos produzem matéria-prima para exportação e servem como área de instalação das unidades produtivas de empresas transnacionais, que aproveitam a mão-de-obra barata, os incentivos fiscais e o menor rigor das leis trabalhistas e ambientais. Esse processo foi responsável pela transferência de parte dos postos de trabalho dos países desenvolvidos para os países subdesenvolvidos, em especial aqueles que não exigem especialização e que pagam baixos salários.
Um exemplo desse processo ocorre com a fabricação de tênis de empresas como a Nike e a Reebok. Jovens de muitos países sabem que essas marcas são norte-americanas, porém o que muitos deles não sabem é que não existem fábricas dessas empresas nos Estados Unido, onde estão apenas as unidades de planejamento. As fábricas estão espalhadas por países como Cingapura, Coréia do Sul, China e Taiwan.
Acompanhando esse processo também ocorreu uma grande quantidade de fusões de grandes empresas, isto é, a compra de uma transnacional por outra grande empreendedora.
Algumas dessas empresas têm uma produção diversificada; produzem equipamentos eletroeletrônicos, automóveis, computadores, entre outros. Elas formam grupos empresariais que controlam todo o processo produtivo: desde a extração de matérias-prima, passando pelo financiamento da produção até a distribuição das mercadorias. Juntas elas constituem conglomerados empresariais. São exemplos de empresas com esse perfil: Mitsubishi, Hyundai, Daewwoo e Samsung.
Esse processo envolve um Grande número de países e de pessoas: consumidores, proprietários e trabalhadores (funcionários das empresas, dos bancos, do comércio, dos meios de comunicação, os produtores de matérias-primas etc.).

Com esse processo, essas empresas passaram a obter taxas de lucros ainda mais elevadas. Isso fica evidente quando constatamos que parte delas apresenta faturamento anual maior do que o PIB (produto interno bruto) de alguns países do mundo, onde vivem milhões de pessoas.





Texto para estudo: leitura e análise:

Assunto: As Multinacionais

Leia os textos a seguir.
Texto 1

Moro em Portland, Oregon, onde a Nike tem a sua sede empresarial (...). Como eu precisava de tênis novos, comecei a procurar (...). Pegava um tênis atrás do outro e lia: “Made in China”, “Made In Korea”, “Made in Indonésia”, “Made in Thailand”. Comecei a pedir tênis fabricado nos EUA aos balconistas. Os poucos que não ficaram confusos me disseram que não existem tênis fabricados nos EUA. Telefonei para a Nike e falei com o responsável pelo atendimento aos clientes, e ele me disse que a empresa ainda está manufaturando na Indonésia e em vários países da região. Liguei para a sede da L.A. Gear em Santa Mônica. Eu disse: “Os tênis que vocês produzem são fabricados nos EUA?” “Fabricados aqui?” – perguntou, espantada, a pessoa que me atendeu. Ela me disse que seus tênis são produzidos no Brasil e na Ásia.
Adaptado de Sally Tisdale.
“Americanos fabricam seus tênis em toda parte”.
Em: folha de São Paulo, 2 de outubro de 1994


Texto 2
O filme publicitário começa com meninos jogando futebol na rua. Logo essas cenas passam a ser intercaladas, de forma simétrica, com imagens de Ronaldinho jogando pela seleção brasileira. Uma típica cena brasileira usada para vender uma marca americana, a Nike?
Com faturamento de de US$ 9,2 bilhões no ano fiscal terminando em maio de 1997, a fabricante de roupas e calçados esportivos Nike acabou se tornando, nos últimos anos, um dos melhores exemplos de uma empresa global (...).
A Nike não é dona de nem sequer uma fábrica, não emprega nenhum operário, não tem nenhuma máquina.
Atualmente cerca de 80% dos calçados da Nike são feitos em fabricas de cinco países asiáticos.

Adaptado de : folha de São paulo, 2 de novembro de 1997.
Suplemento Especial Globalização, p.11.

Agora responda as questões que se seguem:

a) Esses depoimentos demonstram uma tendência da economia mundial. Explique essa tendência.


b) Por que empresas como a Nike preferem produzir suas mercadorias em países como a China, Coréia do Sul, Indonésia, Tailândia e Brasil?


c) Que produtos essa indústria comercializa?


d) Qual é a origem dessa indústria?


e) Explique o fato de não existir mais unidades de produção no país de origem?


f) Por que essas indústrias não foram instaladas em países africanos, como a Angola ou Etiópia?


2. UFC 2006 – Assim como a dinâmica natural da Terra altera as feições do planeta e a dinâmica demográfica modifica constantemente o continente, a composição e a distribuição da população pelo Globo, a dinâmica econômica promove a reorganização dos espaços geográficos, separa ou agrupa países em funções de seus interesses e divergências, de suas posições hegemônicas ou de subordinação econômica no plano internacional ou continental.

a) Cite três exemplos de blocos econômicos existentes na atualidade, relacionando os países que os constituem.

1
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2
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3
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b) Cite dois aspectos que motivam o agrupamento dos países em blocos econômicos.

1
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2
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domingo, 12 de abril de 2009

Carnaubal antropófago

Pesquisa revela que há mais de 400 anos atrás as terras carnaubalenses eram habitadas por silvicolas da tribo dos Tocarijús.

Segundo o escrito do Pe. luis Figueira na manhão de 11 de Janeiro de 1608, há mais de 400 anos trás, na serra da Ibiapaba era barbaramente assassinado a golpes de pauladas na cabela o Pe. Francisco Pinto pelos amerícolas Tocarijús depois de inultimente tentar pacificá-los.

Essa data ficou marcada como o Final da Primeira missão catequética realizada no território da antiga capitania do Siará Grande. Os fatos ocorridos neste primeira missão catequética foram registrados numa famosa carta intitulada de Relação do Maranhão escrita pelo então Pe. francisco Pinto companheiro de jornada do Pe. Franscisco Pintoe enviada no mesmo ano de 1608 ao seu superior geral de ordem o Pe. Claudio Aquaviva, e publicado novolume de Nº 17° da Revista do Instituto do Ceará no ano de 1903. P. 94`a 140,pelo então Barão de Studart, que conseguira uma fotocopia desse documento, através do superior geral da Companhia de Jesus Florival Seraine, o qual lhe foi entregue pelo jesuíta P.J.B. Van Meurs do Limburgo holandês, cuja original se acha guardado no Arquivo da S. J. Romanorum - em Roma.


















Resquício da presença dos primeiros habitantes do Município de Carnaubal

As fotos acima são de duas localidades na região de litígio entre os município de Carnaubal do estado do Ceará e Domingos Mourão do estado do Piauí. Entre vegetações nativas, rochas e grutas, há indícios dos vestígios da tribo dos Tocarijús, silvincolas que habitavam o território carnaubalense antes da vinda dos portugueses no século XV e XVI, para o território da antiga capiatania Siará Grande. Moradores acreditam que as inscrições nas rochas foram feitas pelos indígenas, os quais os historiografos cronistas dos séculos XVI e XVII atribuem o massacre do padre Francisco Pinto, há mais de 400 anos atrás, por ocasião da realização da primeira missão jesuítica no Estado do Ceará.

O pesquisador Antonio Gilvan Fontenele Veras, acredita, que os vários sítios arqueológicos encontrada no território carnaubalense tratam do percusos da antiga rota da serra grande com base na leituras do escrito deixado pelo Padre Luis Figueira,rota esta que a comitiva do padre Francisco Pinto, realizou, e que por desventura terminou no seu assassinato na manhã do dia 11 de janeiro de 1608, pelos indígenas da tribo dos Tocarijús, conforme descreveu o seu companheiro de jornada o Pe. Luis Figueiras.

Nesses locais ainda hoje encontram-se vasos e outros tipos de utensílios utilizados no dia-a-dia desses silvícolas.

As pinturas encontradas nos vários sítios arqueológicos em solo carnaubalense na verdade trata-se de três escolas pictóricas. a do Nordeste(a mais encontrada) agreste e litoranea.

A Rota da Serra Grande:

Ainda Hoje a antiga rota da serra Grande pode ser visitada e sua riquíssima historicidade pode ser comprovada através das suas inúmeras inscrições rupestres deixadas pelos nossos primeiros americolas americanos em grutas e em paredões de rochas ao logo da antiga rota, que ainda resistem a ação do tempo e do homem.

As fotos dessas duas localidades provam a presença do homem primitivo. A História resta ainda nos revelar a ancestralidade de nossos primeiros habitantes. De certo os Tocarijús habitaram o território carnaubalense isso é fato indiscutível, resta ainda para a antropologia e arqueologia nos responder se os nossos primeiros habitantes provém deste ou de outros grupos de homídeos que migraram para estas terras.